sexta-feira, 16 de março de 2018

Suspensão de negociações deixa RN sem empréstimos de mais de R$ 1,5 bilhão

Para o Tesouro Nacional, estado tem pouca capacidade financeira para pagar financiamentos. Governo buscava recursos na Caixa e no Banco do Brasil.

Governadoria do Rio Grande do Norte (Foto: Rayane Mainara)
Governadoria do Rio Grande do Norte (Foto: Rayane Mainara)

As negociações de empréstimo entre bancos federais e o governo do
 Rio Grande do Norte estão suspensas pelo menos até julho, de 
acordo com informações do próprio gabinete-civil do estado. É 
que, para o Tesouro Nacional - órgão do governo federal - o estado
 tem pouca capacidade de pagamento e endividamento. Quase 
R$ 1,55 bilhão eram esperados. O estado já tinha inclusive leis 
estaduais que autorizavam as transações.
As informações foram confirmadas pela secretária Tatiana Mendes
 Cunha do Gabinete-Civil. Os empréstimos previstos eram dois: 
um de R$ 850 milhões, pelo Banco do Brasil, e outro de R$ 698 milhões
 com a Caixa Econômica Federal, aprovado pela Assembleia Legislativa 
no ano passado 2017.
De acordo com Tatiana, o governo federal considerou que o estado 
tem baixo endividamento, porém não tem capacidade e 
disponibilidade de dinheiro em caixa para pagamento de empréstimos.
 Um dos fatores que pesa contra, por exemplo, é a dificuldade de 
depositar em dia os salários dos servidores estaduais. Desde 2016, 
a folha é concluída com atraso.
Os empréstimos a estados da federação precisam de autorização do 
Tesouro. Em janeiro, técnicos do governo federal estiveram em missão
 no RN para coletar informações e dados e elaborar relatório sobre a 
situação fiscal potiguar. Uma análise preliminar evidenciava "um 
cenário de deterioração fiscal do Estado".
"Um dos requisitos para liberar empréstimo, é a certidão do Tribunal de
 Contas atestando que estamos abaixo do limite prudencial no 
gasto com pessoal. Essa certidão não é fornecida pelo TCE há muito 
tempo. Em que pese o Estado entender que está enquadrado aos 
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, o TCE tem posicionamento 
contrário", acrescentou a secretária.
Ela ressalta que o Tesouro Nacional melhorou a classificação de 
capacidade de pagamento do Estado, mas suspendeu até julho 
qualquer discussão de novas operações de crédito.
Fonte: g1.globo.com

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